Horário de funcionamento: Segunda a Sexta das 9h às 18h - Sábado das 9h às 13h
Neste conteúdo vamos falar sobre esta doença de nome complicado, mas que merece muita atenção dos tutores e médicos veterinários. Abaixo, você poderá entender qual a origem do nome hiperadrenocorticismo, suas causas, sintomas, como é realizado o diagnóstico e as principais raças afetadas.
O que é hiperadrenocorticismo?
A palavra Hiperadrenocorticismo é longa e um pouco complexa de falar, então para facilitar o entendimento, vamos separá-la em três partes:
1) Hiper: quando utilizamos o prefixo hiper, estamos trazendo a ideia de algo em grau elevado, excessivo e muita quantidade;Agora, vai ficar mais fácil para entender o que significa hiperadrenocorticismo!
Hiperadrenocorticismo
(HAC) é uma condição clínica caracterizada pela elevada concentração de
cortisol, de origem endócrina, na corrente sanguínea. Desta forma, vale
ressaltar que o hormônio cortisol é responsável por inúmeras alterações no
organismo, dentre elas o aumento da coagulação que contribui para a formação de
trombos.
A HAC é também conhecida como Doença de Cushing devido ao Dr. Harvey Cushing, que em 1932 foi o primeiro a diagnosticar esta desordem em um paciente humano. Ou seja, tanto nós humanos como nossos pets podem apresentar esta condição clínica.
Entre os pets ela é mais frequentemente diagnosticada em cães, já para gatos é uma condição raramente observada.
Quais fatores podem influenciar no desenvolvimento desta doença?
A presença de tumores hipofisários e adrenocorticotróficos podem ser as causas do hiperadrenocorticismo. O HAC também pode ser causado de forma iatrogênico, ou seja, ser resultado de complicações causadas por tratamentos médicos e/ou efeitos adversos, como por exemplo, administração excessiva de glicocorticóides.
Principais sinais clínicos do HAC
Os sinais clínicos mais comuns de serem observados nos pets, são:
· Abdômen pendular e distendido;Como o pet é diagnosticado?
Quando existe a suspeita de hiperadrenocorticismo no pet, inicialmente o profissional médico veterinário fundamenta-se na anamnese detalhada e exame físico completo. Após esta avaliação e com o reconhecimento dos sintomas clínicos e das alterações físicas sugestivas de hipercortisolismo, é então necessária a investigação laboratorial. A investigação laboratorial inicial para o diagnóstico do HAC pode compreender:
· Hemograma;
·
Exame de urina;
·
Glicemia;
·
Dosagem sérica de colesterol;
·
Triglicerídios;
·
Alanina aminotransferase (ALT) e
·
Fosfatase alcalina (FA).
Além da investigação laboratorial, é em geral indicado o exame de ultrassonografia abdominal para a pesquisa de adrenomegalia uni ou bilateral. A ultrassonografia abdominal é um dos exames complementares que oferece mais informações sobre o pet. Com a realização do exame é possível identificar indícios da origem do HAC (hipofisário ou adrenal), além da avaliação de todos os órgãos abdominais para uma abordagem mais sistêmica do animalzinho. Os testes hormonais também podem ser recomendados para dar suporte ao diagnóstico presuntivo de HAC.
Desta forma, o diagnóstico definitivo do hiperadrenocorticismo baseia-se no histórico clínico do animal, resultados do exame físico, hemograma, urinálise, estudos de bioquímica sérica, ultrassonografia e testes de função adrenal. Depois da realização do diagnóstico, devem ser realizados testes diferenciais para identificação da causa do hiperadrenocorticismo, para que assim o médico veterinário possa determinar o melhor tratamento e prognóstico para o animalzinho.
Quais as complicações do hiperadrenocorticismo nos pets?
O excesso de cortisol na corrente sanguínea do animal pode causar vários sintomas e complicações para o funcionamento do corpo. O prognóstico da doença vai variar de acordo com a causa da doença, o tratamento utilizado, a idade do animal, complicações associadas ao caso, o estado em geral do pet e seu acompanhamento clínico. Em alguns casos o prognóstico pode ser considerado ruim, quando é o caso da existência de adenocarcinoma e/ou metástase no pulmão, por exemplo.
Quais pets possuem maior predisposição para desenvolver HAC?
Esta doença é mais comum em cães de meia-idade e idosos. Já em gatos, como falamos anteriormente, é uma condição rara.
As raças de cães com maior predisposição são:
· Poodles;
·
Dachshund
(salsicha);
·
Várias
raças de Terrier;
·
Pastor
Alemão;
·
Beagle
e
·
Labrador.
Cuidados importantes com o seu pet
É muito importante que, como tutor de pet, exista a consciência da necessidade de acompanhamento médico veterinário e de exames para seu pet.
Mantenha a saúde do seu animalzinho sempre em dia levando-o ao veterinário para fazer um check-up de rotina. Se o seu melhor amigo for idoso, tenha ainda mais cuidado!
No Laboratório RaVet, contamos com diversos exames em nosso portfólio, além de possuir uma equipe treinada e qualificada para garantir a qualidade dos resultados dos exames.
Gostou desse conteúdo? Então lembre-se de compartilhar essas informações para que outros tutores também saibam como cuidar bem da saúde do seu pet!
RaVet Diagnóstico Veterinário, o Laboratório do seu Pet.
Referências:
ROSA, Veruska Martins da; CARNIATO, Caio Henrique de Oliveira; CAVALARO, Geovana Campanerutti. Hiperadrenocorticismo em cães. 2011.
DA SILVA BARBOSA, Yago Gabriel et al. Hiperadrenocorticismo em cão: Relato de caso. PUBVET, v. 10, p. 448-512, 2016.
MARTINS, Francisco Sávio de Moura. Estudos de casos em série e proposta de um índice diagnóstico para hiperadrenocorticismo canino. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2018.
PAULA, L. V.; ROMANI, A. F.; SANTOS, G. P.; AMARAL, A. V. C.; ATAÍDE, W. F. Hiperadrenocorticismo canino: revisão de literatura. Enciclopédia Biosfera, p.595-618, 2018.