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Contagem de reticulócitos: entenda mais sobre este exame

A contagem de reticulócitos é uma ferramenta diagnóstica de grande valor que permite ao médico veterinário avaliar a saúde da medula óssea do pet, assim como saber se o animal está sofrendo de anemia.

Traremos informações muito importantes sobre este exame e suas indicações, assim como as principais vantagens da contagem realizada pelo método manual (padrão-ouro) em comparação com a automatizada. 

O que são os reticulócitos?

Os reticulócitos são considerados células sanguíneas imaturas precursoras dos eritrócitos (hemácias) que podem ficar na medula óssea por 2 a 3 dias até chegarem a corrente sanguínea. Recebem este nome por conterem pequenos retículos compostos por material genético e algumas organelas celulares residuais.

Para efetivamente se transformarem em hemácias, os reticulócitos passam por um processo de maturação, onde as organelas restantes sofrem degeneração e são expulsas progressivamente, dentro de 1 a 2 dias. Esse é o processo final de maturação do reticulócito, formando hemácias maduras. 

Por que realizar a contagem de reticulócitos é importante? 

A contagem de reticulócitos no sangue é importante principalmente para avaliar a função da medula óssea. Por meio deste exame, é possível avaliar se o processo de formação de novos glóbulos vermelhos está ocorrendo normalmente. 

Podem-se observar basicamente dois tipos de reticulócitos: o agregado e o pontilhado. O reticulócito agregado é uma célula ainda mais imatura, sendo mais frequentemente encontrado em cães e gatos. Já o pontilhado é um reticulócito menor e mais maduro em comparação ao agregado, podendo ser  encontrado em gatos.

O exame de contagem de reticulócitos é essencial para avaliação da resposta medular do animal à anemia, e pode ser utilizado para classificar as anemias em regenerativa (reticulocitose ou aumento dos reticulócitos circulantes) e não regenerativa (reticulocitopenia) e para monitorar o efeito da terapia utilizada. 

A reticulocitose ocorre em animais anêmicos, com medula óssea funcional e responsiva, principalmente em casos de perda de sangue. Entretanto, em animais anêmicos e com distúrbios medulares, a contagem de reticulócitos pode apresentar-se diminuída. 

Contagem manual VS automatizada 

Cada vez mais, tecnologias são desenvolvidas nas análises laboratoriais, especialmente quanto à automação de contagens celulares. Com a contagem de reticulócitos não é diferente. 

A contagem automatizada oferece vantagens, principalmente na rapidez quanto à geração dos resultados e menor mão de obra utilizada. No entanto, a contagem manual de reticulócitos permanece como padrão ouro para esse tipo de análise. 

Por meio da contagem manual, é possível avaliar parâmetros e características específicas às quais equipamentos, mesmos os mais modernos, não conseguem identificar com precisão. A diferenciação entre reticulócitos agregados e pontilhados em gatos é um exemplo. 

A técnica automatizada para determinação da contagem de reticulócitos possui limitações, especialmente relacionadas com a interferência gerada pela presença de outras estruturas citoplasmáticas que podem erroneamente ser confundidas pelo contador como reticulócitos. Embora tais artefatos também possam ser confundidos na contagem manual, estes podem ser facilmente diferenciados por profissionais treinados e com experiência nesse tipo de análise. 

No Laboratório RaVet, realizamos a contagem manual de reticulócitos e contamos com uma equipe treinada e qualificada para garantir a qualidade dos exames do seu pet. 

Gostou desse conteúdo? Então lembre-se de compartilhar essas informações para que outros tutores também saibam como cuidar bem da saúde do seu pet! 

RaVet Diagnóstico Veterinário, o Laboratório do seu Pet. 

Referências:

Valle, S. D. F., Farias, C. S. D., Duda, N. C. B., Machado, G., & Costa, F. A. (2019). Correlação entre as contagens de reticulócitos manual e automática em amostras de felinos anêmicos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 71, 577-583. 

Pereira, P. M., Seki, M. C., Palma, P. V. B., Morais, F. R., Santana, A. E., & Pereira, G. T. (2008). Contagem de reticulócitos de cães saudáveis ou anêmicos pela citometria de fluxo. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 60, 66-70.


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