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Hemograma: Qual a sua relevância clínica?

     Todo ano nós temos o costume de visitar o nosso médico de confiança e realizar exames de rotina que permitem acompanhar e monitorar a nossa saúde. Estes exames contribuem para o diagnóstico precoce e o monitoramento de doenças e, além disso, são essenciais no preparo cirúrgico. E estes cuidados também se estendem à saúde dos nossos pets. Um exame que não pode faltar nesta rotina é o hemograma! Por meio dele, é possível analisar diversos parâmetros sanguíneos, como os componentes celulares, a hemoglobina e o hematócrito.

Mas você sabe o que esses parâmetros indicam?

As hemácias (eritrócitos ou glóbulos vermelhos) são um dos componentes do sangue e contêm uma substância chamada hemoglobina, que possibilita o transporte de oxigênio para os órgãos e tecidos. A hemoglobina também é essencial para o transporte de gás carbônico de outras regiões do organismo para o pulmão, onde será eliminado pelas vias respiratórias.

Já os leucócitos (glóbulos brancos) constituem uma das primeiras barreiras contra agentes causadores de infecção e podem ser classificados em vários tipos celulares (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos) de acordo com a sua função de defesa. A análise de sua morfologia e a contagem diferencial destas células são essenciais para o diagnóstico de várias doenças.

As plaquetas, por sua vez, participam do processo de coagulação do sangue e reparo dos vasos sanguíneos, evitando a perda de um volume considerável de sangue. 

Além disso, o hemograma permite identificar o hematócrito, que é obtido após a centrifugação da amostra coletada. Este processo permite separar os diferentes componentes sanguíneos em camadas e, a partir disso, estimar o volume de sangue ocupado pelas hemácias em relação ao seu volume total. 

Como é feito a coleta e análise do hemograma? 

Para realizar o hemograma, uma amostra de sangue é coletada em um tubo próprio, com uma substância que impede a coagulação sanguínea (por exemplo EDTA). Após a coleta, uma gota deste material é adicionada e distribuída sobre uma lâmina que, então deve secar a temperatura ambiente. Posteriormente, a lâmina é corada com o objetivo de analisar as células que constituem o sangue, realizar a contagem de leucócitos e identificar a possível presença de hemoparasitas. 

Diante do avanço das tecnologias de análises laboratoriais, uma questão que está em constante debate diz respeito à forma como é feita a contagem leucocitária, dado que existem diversos tipos de leucócitos, com características, morfologias e funções distintas. Nesse sentido, alguns estudos têm apontado que a contagem automatizada destas células pode levar a erros na interpretação do diagnóstico e sugerem que a contagem manual não pode ser totalmente substituída por equipamentos automáticos. A contagem automática é bastante útil para agilizar e investigar alterações significativas no sangue do seu pet mas a análise microscópica deve ser realizada. 

E qual a relevância clínica do hemograma? 

O hemograma é muito utilizado como exame de triagem e auxilia no diagnóstico de várias doenças, além de monitorar a sua evolução. 

A babesiose, por exemplo, é uma doença transmitida por um protozoário do gênero Babesia através da picada do carrapato. A babesia invade as hemácias e promove a destruição destas células, o que compromete o transporte de oxigênio no sangue. Diante disso, o animal pode apresentar várias alterações em seu hemograma, tais como: anemia (diminuição dos níveis de hemoglobina), hemoglobinúria (presença de hemoglobina na urina) e diminuição do número de plaquetas. Através da leitura em microscópio do esfregaço sanguíneo, em alguns casos é possível observar a presença de parasitas no interior das hemácias. 

E lembre-se, mantenha sempre os exames do seu cão ou gato em dia! Mas, se ainda houver dúvidas, não hesite em entrar em contato conosco! Estamos prontos para lhe atender e garantir o melhor serviço para você e seu pet! 

RaVet Diagnóstico Veterinário, o Laboratório do seu Pet.

 Referências:

Carmo, B. M. B. et al. (2020). Complete hemograma: diagnostic tool in veterinary medicine. Brazilian Journal of Development. 

Remesar, S. et al. (2022). A case report of fatal feline babesiosis caused by Babesia canis in north western Spain. BMC Veterinary Research. 

Fathipour V. et al. (2021). Babesia canis caused clinical babesiosis in a female Shih Tzu dog. Veterinary Research Forum.


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